up:: 061 MOC Macroeconomia

O Produto Interno Bruto (PIB) é uma medida macroscópica da produção agregada total de algum país1, “produção cuja renda é gerada dentro dos limites do território do país” (LOPES, p. 28). Diferencia-se de Produto Nacional Bruto, por incluir também a Renda Líquida Enviada ao Exterior.

É uma medida macroscópica, no sentido em que mede o acréscimo total de valor que o país (visto como um só agregado) gerou, sem diferenciar suas partes produtivas individuais e os produtos finais particulares. Dessa forma, O PIB é uma medida do valor agregado total produzido em certo período.

Ele pode ser medido de duas formas equivalentes: pela ótica das despesas, e pela ótica da oferta.

Cálculo do PIB pela ótica da despesa


Exemplo simples dado em Lecture 2: Basic Macroeconomic Concepts - YouTube.

Vendo pela ótica da Despesa Agregada – isto é, da destinação final dos produtos –, vemos que o PIB é composto pela soma

Ou seja, o PIB é a soma dos valores dos bens e serviços destinados ao consumo (individual, governamental ou de composição bruta de Capital Fixo), estoques gerados por empresas (e.g. produção excedente) e exportações, menos o valor total incorrido por importações (visto como ônus do país, numericamente).

Cálculo do PIB pela ótica do produto

Por motivo de coerência, faz-se a soma do Valor Acrescentado Bruto total da economia4, menos os custos governamentais líquidos (impostos menos subsídios). Portanto,

Logo, o PIB é o saldo do valor acrescentado bruto total de um país, mais o saldo de impostos menos subsídios5.


References

Footnotes

  1. Produção de bens e de serviços.

  2. Isto é, bens e serviços adquiridos pelo governo, por exemplo a aquisição de ônibus e contratação de motoristas para transporte público, aquisição de cimento e contratação de arquitetos para construções públicas, etc.

  3. Que é composto da Formação Bruta do Capital Fixo e de Variação de Estoques.

  4. Isso age como uma espécie de soma telescópica, pois os custos intermediários de uma empresa se somam com os rendimentos das empresas que lhes forneceram estes bens intermediários – restando, portanto, somente o valor acrescentado.

  5. Ou seja, o quanto o governo recebe.