up:: Valor

”Por meio da relação de valor, a forma natural da mercadoria se converte na forma de valor da mercadoria , ou o corpo da mercadoria se converte no espelho do valor da mercadoria . Ao relacionar-se com a mercadoria como corpo de valor, como materialização de trabalho humano, a mercadoria transforma o valor de uso de em material de sua própria expressão de valor. O valor da mercadoria , assim expresso no valor de uso da mercadoria , possui a forma do valor relativo.” (MARX, p. 129-30; grifo meu)

Tendo em vista que Só pode haver troca com relação a mercadorias diferentes, quando duas Mercadorias e “confrontam-se”, através de uma Relação de Troca, pressupõe-se que ambas são iguais referente a seus Valores.1

Pelo mero ato de confrontarem-se em uma relação de troca, uma age como um “espelho” da outra: fixando-nos sobre a mercadoria , uma quantidade da mercadoria “vale” tanto quanto uma quantidade da mercadoria ; ou seja, seu chamado valor relativo mede-se através de , e age como um “permutável”/Valor Equivalente de .

Portanto, o valor relativo de uma mercadoria se manifesta no Valor de Uso de outra mercadoria distinta, pois somente defrontam-se mercadorias distintas entre si no mercado; como mercadorias somente podem distinguir-se qualitativamente2, é justamente o valor de uso que faz as vezes da representação de uma em termos da outra.


Referências

  • MARX, Karl. O Capital-Livro 1: Crítica da economia política. Livro 1: O processo de produção do capital. Boitempo Editorial, 2013.

Footnotes

  1. Cf. Princípio da Troca de Equivalentes, que não é óbvio/intuitivo para mim, mas deixemos Marx cozinhar.to-be-elaborated

  2. Posto que, quantitativamente, ambas são mensuradas pela quantidade de Trabalho Abstrato em si depositadas, e que pressupomos que seus valores sejam iguais, pelo Princípio da Troca de Equivalentes.