up:: Processo de Troca de Mercadorias

”Em sua figura de valor [forma-dinheiro], a mercadoria se despoja de todo traço de seu valor de uso natural-espontâneo [naturwüchsigen] e do trabalho útil particular ao qual ela deve sua origem, a fim de se crisalidar na materialidade social e uniforme do trabalho humano indiferenciado. Não se percebe no dinheiro de que qualidade é a mercadoria que foi nele transformada. Em sua forma-dinheiro, uma mercadoria tem a mesma aparência que a outra.” (MARX, p. 183; destaques meus)

Dentro do ciclo mais simples, o Ciclo M─D─M, uma Mercadoria é vendida por Dinheiro , o qual logo é utilizado para comprar outra mercadoria 1.

Dentro do contexto da troca de Mercadorias, uma certa mercadoria assume sua forma-dinheiro quando ela é vendida, ou seja, quando ela não é útil a seu produto mas é Valor de Uso a outra pessoa, disposta a comprá-la.

Nesse contexto, as características imediatamente particulares e qualitativas da mercadoria dão espaço ao caráter indistinto e abstrato da quantidade respectiva de Dinheiro que está representada em seu Valor2.

Enquanto nesta forma-dinheiro, este “valor cristalizado” é passível de ser lançado novamente ao mercado, a fim de metamorfosear-se em algum outro objeto de uso particular que seja útil a seu portador. “Se por um lado [o dinheiro] representa mercadoria vendida, por outro representa mercadorias compráveis” (MARX, p. 184).


Referências

Footnotes

  1. Necessariamente diferente da mercadoria inicial, pois Só pode haver troca com relação a mercadorias diferentes.

  2. Pressupondo Princípio da Troca de Equivalentes.