Restrição Orçamentária

up:: 062 MOC Microeconomia

Dada uma Cesta de Bens $\{x_i\}$ com preços $\{p_i\}$, tem-se que a restrição orçamentária $m$ é o valor tal que

$$\sum x_i{p}_i\le m$$

Quaisquer cestas que satisfaçam essa desigualdade compõem o conjunto orçamentário desse agente.

No caso de dois bens $\{x_1,x_2\}$, podemos isolar em termos de $x_2$, obtendo a dependência de $x_2$ com relação a $x_1$:

$$x_2=\frac{m}{p_2}-\frac{p_1}{p_2}{x}_1$$

O termo $-\frac{p_1}{p_2}$ trata-se da Custo de Oportunidade de $x_2$ com relação a $x_1$: abdicar de $1$ unidade do bem $1$ me permite obter $\frac{p_1}{p_2}$ unidades do bem $2$.

Usualmente fala-se de custos de oportunidade com relação à Taxa Marginal de Substituição de alguma Curva de Indiferença: de nada me vale saber do quanto abdicar de uma unidade me permite ganhar outra se eu não tenho alguma “valoração” dessa escolha (que vem via Função Utilidade)!

Alterações de restrição orçamentária

Aumentos de renda expandem o conjunto orçamentário (preços constantes de bens)

O aumento da renda reflete-se numa maior restrição orçamentária $m^{\prime }>m$. Dessa forma, pode-se repartir $m^{\prime }$ de forma a poder-se obter maiores quantidades de $x_1$ e $x_2$, além do que já era possível se obter anteriormente.

Aumento dos preços de bens diminuem o conjunto orçamentário (renda constante)

Intuitivamente, quando os preços ($p_1$) aumentam e a renda ($m$) permanece constante, temos que o conjunto orçamentário restringe-se. Para $p_2$ idem, porém com uma redução do coeficiente linear (intercepto com eixo $y$).

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References

• VARIAN, Hal. Microeconomia: uma abordagem moderna. 9 ed. Elsevier, 2015.