up:: 062 MOC Microeconomia

Quando se trata de economia de bem-estar (welfare state economics), trabalha-se (cf. MWG) com um modelo que tome em conta consumidores, firmas e bens. Assume-se que:

  • Existem bens
    • Seus preços são dados
    • A dotação inicial do bem será denotada como
  • Existem consumidores (households, o que seja; consumo improdutivo)
    • Cada indivíduo possui uma dotação do bem , de tal forma que
    • Uma alocação do bem ao consumidor será denotada como : demanda pelo bem do consumidor
    • Demanda total do consumidor :
    • Demanda total pelo bem :
    • Cada indivíduo possui uma Função Utilidade
  • Existem firmas (consumo produtivo)
    • Sua demanda por netputs será denotada como : demanda pelo bem da firma
    • Demanda total por netputs da firma :
    • Quantidade total disponível do netput :
    • Cada indivíduo possui uma fração das ações da firma , de tal forma que . Devido aos dividendos que decorrem dessa fração, ele recebe uma fração do lucro da firma

Note-se, portanto, que a quantidade inicial de cada bem na economia é .

Uma alocação é dita factível se ela estiver dentro dessa “Restrição Orçamentária”, i.e.

Uma noção crucial em economia de bem-estar é a noção de ótimo de Pareto: uma alocação factível é ótimo de Pareto se um desvio dela deixar ao menos alguma das partes pior do que nela. Nesse sentido, uma alocação do tipo será a mais eficiente possível (dadas as utilidades dos agentes).

Uma certa alocação é um equilíbrio competitivo (ou Walrasiano) se satisfaz:

  1. Maximização de lucros (para cada firma )
  1. Maximização de utilidade (para cada consumidor )
  1. Market clearing (para cada bem )

Note-se que a solução do problema — a alocação — é invariante a mudanças da forma (para ). Portanto, o problema apresenta graus de liberdade. É, portanto, possível de normalizar os preços, a fim de usar um deles como numerário.


References