Ciclo D─M─D’ da circulação de mercadorias
Tal movimento é aparentemente contraditório, posto que há um surgimento de Valor dentro do processo de circulação de mercadorias, enquanto ele só pode surgir no processo de produção de mercadorias, o qual é o único gerador de valor.
Produção de Mais-valor
Tal contradição é resolvida ao perceber que há um emprego da Força de Trabalho dentro deste processo, a qual gera mais-valor em seu processo de produção,
- O capitalista compra os Meios de Produção e a Força de Trabalho, e faz com que o trabalhador empregue-os na produção de mercadorias.
- O trabalhador é empregado por um determinado período de tempo, durante o qual ele produz Valor: não só o valor de sua força de trabalho, mas também mais-valor, um excedente devido ao seu emprego além do período necessário para a produção do valor de sua força de trabalho somente. Como tanto os meios de produção quanto a força de trabalho empregados são propriedade do capitalista, então o produto também será sua propriedade.
- Após o processo de produção, o capitalista lança a mercadoria à circulação, vendendo-a pelo preço correspondente a seu valor: v + m, onde v é o valor da força de trabalho, e m é o mais-valor obtido.
Diante de tal processo, se faz claro que o capitalista vai buscar contratar força de trabalho a qual consiga produzir mais-valor: caso ele contrate trabalhadores que só produzam o seu próprio valor (ou, pior, menos que isso), então eles demitem tal trabalhador e voltam ao mercado para buscar algum melhor portador de trabalho abstrato.
Referências
- MARX, Karl. O capital-Livro 1: Crítica da economia política. Livro 1: O processo de produção do capital. Boitempo Editorial, 2013.