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“A informação é cumulativa e aditiva, enquanto a verdade é exclusiva e seletiva. Diferentemente da informação, [a verdade] não produz nenhum monte1 [Haufen]. É que não se é confrontado com ela frequentemente. Não há massas de verdade, [mas] há, em contrapartida, massas de informação. Sem a negatividade, se chega a uma massificação do positivo. Por causa da sua positividade, a informação também se distingue do saber. O saber não está simplesmente disponível. Não se pode simplesmente encontrá-lo como a informação. Não raramente, uma longa experiência o antecede. [O saber] tem uma temporalidade totalmente diferente do que a informação, que é muito curta e de curto prazo. A informação é explícita, enquanto o saber toma, frequentemente, uma forma implícita.” (HAN, p. 75)

A sociedade digital é uma sociedade de geração e acúmulo de informação, ou dados. Porém, sabe-se bem que, não obstante toda a informação disponível online, não nos sentimos mais sábios que nossos antepassados.

O saber requer conhecimento tácito: justamente por ser excludente, negativo em sua natureza, o saber requer alguma “regra” pela qual “julga” as informações que adquire.


Referências

  • HAN, Byung-Chul. Do camponês ao caçador. In: No enxame: perspectivas do digital. Editora Vozes, 2018.

Footnotes

  1. I.e. não se acumula, não forma “montinhos”.