Formas de Objetividade da realidade
“Um negro é um negro. Somente em certas condições torna-se um escravo.
Uma máquina de tecer algodão é uma máquina de tecer algodão. Somente em certas condições ela se torna capital.” (Karl Marx)
Lukács diz que a forma de objetividade de um objeto depende de sua relação com a totalidade concreta à qual pertence.
Exemplo: Fetichismo da mercadoria
Um exemplo de tal forma de objetividade é a própria forma que o capitalismo impõe a nós: o fetichismo, onde as relações sociais aparecem, para nós, como relações entre mercadorias, relações entre coisas.
Somente é possível quebrar com tais ilusões a nós impostas através do método dialético, i.e., vendo a ação recíproca entre a parte e o todo dialético que compõem a sociedade (e, no processo, quebrando a cisão sujeito-objeto, quebrando com sua a-historicidade).
“Por isso, o método dialético, ao mesmo tempo em que rompe o véu da eternidade das categorias, deve também romper seu caráter reificado para abrir caminho ao conhecimento da realidade.” (p. 87)
Referências
- Lukács, G. O que é marxismo ortodoxo?. In: História e Consciência de Classe. Martins Fontes, 2003.