up:: 063 MOC Economia Brasileira
”Em essência, essa política [de valorização do café] consistia no seguinte:
a) com o fim de restabelecer o equilíbrio entre oferta e procura de café, o governo interviria no mercado para comprar os excedentes;
b) o financiamento dessas compras se faria com empréstimos estrangeiros;
c) o serviço desses empréstimos seria coberto com um novo imposto cobrado em ouro sobre cada saca de café exportada;
d) a fim de solucionar o problema a mais longo prazo, os governos dos Estados produtores deveriam desencorajar a expansão das plantações.” (FURTADO, p. 179)
Foi um convênio feito pela oligarquia cafeeira entre 1905 e 1906, a fim de solucionar os problemas advindos da superprodução de café.
A ideia é de estocar parte da oferta, a fim de artificialmente manter os preços num nível suficiente de Receita dos produtores – i.e. não causar um choque de oferta no preço de equilíbrio do mercado1.
A ideia de financiar tais estoques com empréstimos externos induz a entrada de divisas internacionais no país, causando uma Socialização das Perdas através de alterações da Taxa de Câmbio.
References
- FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. 13 ed. Editora Nacional, São Paulo, 1975.
Footnotes
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Tenha-se em mente que o Brasil comportava por uma parte expressiva da produção mundial de café, cf FURTADO, p. 177 s.s.. Isto é um pressuposto importante por trás desta e todas as medidas de proteção ao café por parte do Brasil. ↩