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“Efficiency wage theories argue that productivity often increases with real wages; as a result, it does not pay firms to cut wages [sic]. High wages may raise productivity either because they attract higher quality labor; or because they result in increased effort; or because they reduce labor turnover and save on hiring and training costs. Efficiency wage theories can be used to explain why firms do not lower wages even in the presence of an excess supply of workers, and also why they avoid two-tier wage systems, under which new workers are hired at lower wages than existing workers.” (GREENWALD & STIGLITZ, p. 34; grifo meu)

A teoria de salário eficiência postula que a produtividade de trabalho pode crescer junto a salários reais, casos em que firmas podem escolher aumentar salários por motivos racionais.

Através dessa teoria, há possibilidade de haver Desemprego Involuntário mesmo num cenário de equilíbrio de mercado, como advogavam os novos keynesianos.

Solow criou um modelo em que a função de produção depende do “salário eficiência”

(tomando como salário real.) Assume-se que a função de eficiência é tal que . Assume-se que todas as firmas são idênticas, num Mercado Perfeitamente Competitivo.

O salário em que há lucro ótimo ocorre quando a elasticidade de eficiência com relação ao salário (real) é igual a :

ou seja, para o salário (real) onde a derivada é igual à reta que conecta com (“rise over run”); esse é o ponto onde se extrai o máximo de eficiência por trabalhador.

Para que o lucro seja, de fato, otimizado, requer-se que a mão-de-obra contratada seja tal que

ou seja, a produtividade marginal do trabalho é igual ao salário eficiência.

Contudo, é possível que as condições sejam tais que o salário de oferta-demanda no mercado de trabalho seja menor que : neste caso, há desemprego involuntário, pois há perda de eficiência1 que poderia ter sido usufruída — ou seja, há mão-de-obra que não será contratada.


Fonte: SNOWDON & VANE, p. 387.


References

  • GREENWALD, Bruce; STIGLITZ, Joseph. New and old Keynesians. Journal of Economic Perspectives, v. 7, n. 1, p. 23–44, 1993.
  • SNOWDON, Brian; VANE, Howard R. Modern Macroeconomics: Its Origins, Development and Current State. Edward Elgar Publishing, 2005.

Footnotes

  1. Pois , ex hypothesi.