Através do sistema de reservas fracionárias dos bancos1, eles conseguem efetivamente criar mais Meios de Pagamento em uma economia.
Seja um depósito à vista e a fração de Reservas Compulsórias ao Banco Central. Então temos que o valor que torna-se meio de pagamento efetivo é
O fator é o chamado multiplicador bancário, ou multiplicador monetário.
Deduções alternativas
Papel Moeda em Poder do Público como fração de depósitos à vista
Para relacionar os meios de pagamento (ou, simplesmente, moeda ) com a Base Monetária , podemos operar com as seguintes hipóteses:
age como uma medida da disposição do público de depositar seu dinheiro de fato nos bancos (e incorrer em que eles o utilizem para alavancagem); pode também ser visto como uma medida de quão “à mercê” [da boa-vontade] dos bancos nosso dinheiro fica.
é o percentual dos Depósitos à Vista que os bancos guardam como reserva. É uma medida da temeridade de investimento dos bancos: em momentos de crise e volatilidade econômica, haverão poucos incentivos a tentar alavancar dinheiro, por medo de perdê-lo no processo (; em momentos de euforia econômica, terão muitos incentivos para reinvestir o dinheiro depositado ().
Como temos que a base monetária satisfaz
temos então que
Depósitos à Vista como fração de moeda
Definindo como o percentual de Meios de Pagamento que são depositados à vista 2, podemos deduzir
Portanto, temos que o multiplicador monetário também pode ser visto como
onde é o percentual de depósitos à vista que são guardados em reserva, e é o percentual total de moeda que está depositado à vista.
References
- LOPES, Luiz Martins et al. Manual de macroeconomia: nível básico e nível intermediário. 1997.
- Oferta de moeda (Aula 2, parte 1) - João Sayad
Footnotes
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Reservando parte dos Depósitos à Vista(tanto em reservas próprias como Reservas Compulsórias) e emprestando o resto para outros bancos. ↩
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, donde o Papel Moeda em Poder do Público é . ↩