Grandes agentes tanto do mineronegócio quanto do Agronegócio em si são responsáveis por fazer a vida completa de cidades inteiras girarem em torno de seus interesses, exercendo influência socioeconômica e política.

Monopólio do comércio e da mão-de-obra

Monopolizam a atividade econômica local, empregando o máximo de Força de Trabalho que consegue para si, assim como influencia o Estado em quais obras de infraestrutura aprovar, leis, tráfico de influência para aquisição facilitada de terras… e impunidade quanto a crimes ambientais, como Vale e Samarco.

Os empregos que existem são precarizados e, ao menos em cidades mineradoras, sempre terceirizados ─ destaque-se o papel de caminhoneiros no escoamento das mercadorias. Os comércios locais passam a ter o dedo dos manda-chuvas das grandes empresas da cidade; a infraestrutura urbana (rodovias, prédios, ferrovias, etc) passa a ser de seu comando.

Justamente pela atividade econômica ser voltada à exportação de Mercadoria ─ minérios, grãos, carne até certo ponto─, a vida local é volatilizada pelas mudanças de preços das commodities nos mercados internacionais. Mediante a completa dependência de agentes econômicos que estão destruindo a vida nas cidades, surge um sentimento de desespero desamparado: são monstros, mas dão emprego. É uma receita para o Surgimento da alienação.

Relação com desmatamento

Que tal ocupação completa de cidades ocasiona no Desmatamento para atividades agropecuárias não surpreende ninguém ─ o Centro-Oeste e o Sul são exemplos; também ocorre o Desmatamento por mineração, tanto de minério de ferro na Serra dos Carajás (PA) (leste do Pará) quanto, atualmente (2022), na Serra do Curral em Minas Gerais.

Em particular em 2022, destaca-se o projeto da Nova Ferroeste, um projeto de ferrovia que atravessa desde Maracaju (MS) e chegando até o porto de Paranaguá no extremo-leste do Paraná. É um projeto que atende tanto o capital agropecuário (produção de soja no Centro-Oeste/Sul) quanto o capital minerador.


Referências